quinta-feira, 18 de junho de 2009

Exercício LEGAL da profissão.


Hoje pela manhã vi uma notícia no Bom Dia Brasil que me deixou indignada.

O STF decidiu pela não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão e o Ministro Gilmar Mendes comparou a profissão de Jornalista a de cozinheiro. Eu não tenho nada contra os chef's de cozinha, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Vejam bem. Quem vai ganhar com essa decisão? A sociedade que é que não é.

Não sou jornalista, sou estudante de direito, e as vezes fico me questionando como esses Ministros do STF, tem a missão de definir o que está certo e está errado, e quase sempre (a meu ver) erram sobre as decisões.

A questão levantada pelos ministros é a restrição a liberdade de expressão que caso fosse confirmada a exigência do diploma para o exercício profissional, ela se tornaria inconstitucional.


O único voto contrário foi o do Ministro Marco Aurelio Melo que disse "que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize sua atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral”.

Ora, acredito que um curso superior além de preparo técnico para o exercício profissional, dá também cabedal intelectual e cultural para tanto. O conhecimento da ética profissional, a busca pela qualidade da informação, a postura profissional com certeza são buscados na academia. Tenho certeza que um profissional formado faz toda a diferença no mercado de trabalho.


A profissão na qual me formei, até hoje não é reconhecida por lei, então o que acontece, qualquer pessoa pode trabalhar na aréa sem ser formado.

E o que está acontecendo? As Faculdades estão fechando seus cursos, primeiro por que não há procura, segundo, quem vai querer se formar em curso que o máximo em que se pode ganhar como gerente de hotel é 2.000,00. E é melhor ter se formado em Administração que em Hotelaria.


Fico muito triste hoje por ter feito essa escolha, não pelo conhecimento que obtive na academia, nem pelos amigos queridos que fiz, muito menos pelas oportunidades de emprego que tive em hotéis, mas pelo descaso de como a profissão é levada, e de como os profissionais não são valorizados.

Enfim fica o meu apelo aos estudantes de jornalismo, os profissionais de Comunicação Social, que corram atrás do prejuízo, isso não pode ficar assim.


3 comentários:

Jamille disse...

KD MEU PRESENTE??

Anônimo disse...

Já comentei em outro blog e reforço aqui: como ficarão os concursos publicos também? qualquer um está apto a trabalhar na assessoria de comunicação do STJ?

A FENAJ declarou nota de repúdio.
No twitter, tá bombando a discussão sobre.
acho que é uma boa discussão pra revermos também o papel do profissional de comunicação a partir das novas ferramentas e tecnologias, de qual o perfil do profissional que o mercado quer e de como isso resultará na qualidade da informação.

Engraçado que apenas 1 juíz foi contra a não-obrigatoriedade.

Nelson Rodrigues tava certinho quando disse que 'toda unanimidade é burra'.

Vem cá, tu deixou recado no meu blog recomendando outro blog. Porque tu não faz esse esquema direito?
cuida, escreve um post sobre mim e o albertinho e sobre o outro lá que tu quer indicar.

Dona Karen disse...

tá bom, ta bom vou escrever!!!